19ª semana - parte II

Estou há pelo menos uma semana desconfiada de que o rapaizinho começou a mexer. Fiquei só prestando atenção, pois falaram que podia ser gases, mas a coisa foi ficando mais forte e agora é oficial: eu senti mexer!!!

Nossa, é uma sensação meio doida, pois comecei a sentir algo como um cutucão, um choquinho que as vezes me pega desprevinida e tomo um sustão!! Sinto principalmente se estou sentada quieta ou deitada. Cada vez que acontece é uma sensação maravilhosa que ele tá lá crescendo, se ajeitando...

Ainda não consegui colocar a mão do PH na barriga na hora que sinto a mexida, mas acredito que não faltarão oportunidades.

19ª semana - parte I

Depois de contar para a nossa família vem a ansiedade para contar e para que os outros percebam a barriga que cresceu. Eu sinto que a minha barriga agora aparece. Fico perguntando ao PH se já aparece e ele, pacientemente responde:

-Sim, já aparece, tá maior do que ontem e menor do que vai estar amanhã!!

Mas fico meio encanada, não sei porque mas fico!!

Mas ontem, dia da estréia do Brasil na Copa, fiquei muito feliz, pois fui deixar o meu carro para consertar na Oficina e a moçinha atendente me perguntou:

-Você está gestante?!!

Nossa, fiquei radiante, pois foi a primeira vez que me perguntavam. Quer dizer que agora eu aparento ser uma grávida, finalmente!!!!

Últimos dias de mal estar!!!

Fiquei com o mal estar do começo da gravidez até completar 15 semanas. Sempre aquela sensação de azia e embrulho durante as manhãs e falta de vontade de comer. Tive um desejo durante esse tempo, queria bolo de aipim. E claro, minha tia e madrinha fez um bolo delicioso pra mim.

Mas antes do mal estar passar completamente, tive o último dia do jeitnho que eu não gosto. Como aqui em São Paulo deu uma queda brusca de temperatura, comecei a ter dor de cabeça, acordei meio mal, levantei e fui até a cozinha para tomar o remédio que a médica liberou neste caso, mas na hora que levantei me embrulhou tudo. Cheguei na cozinha e resolvi tomar o remédio para enjoo, mas foi tomar e voltar, ecaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa...vomitei na caixinha de areia das minhas gatas...Fiquei meio mal, zonza e baqueada! Mas no dia seguinte toda a sensação ruim passou, incrível!! Comecei a comer e ter prazer em fazer comida. Eu fiquei com medo de que nunca fosse passar esse enjoo, ainda bem que tudo são fases.

Sustos e alegrias!!

Depois de fazer o ultrasom e ficar mais tranquila, me vi com um incomodo que não imaginava, tive uma candidíase. Ô negócio incômodo e incomodo também é o tratamento. E após acabar o tratamento da candidíase tive uma super infecção urinária, a qual me assustou mais. Achei que consumindo mais água(não sou acostumada a tomar água, sou viciada em refrigerante...) melhoraria, mas foi ficando cada vez pior até que um dia fui ao banheiro e na hora que fui me limpar estava lá umas gotinhas de sangue meio aguado. Fiquei desesperada, liguei imediatamente para GO, mas ainda bem ela me traquilizou disse que poderia ser da própria infecção e que era pra ir observando e ficar mais em repouso. Graças a Deus foi um único evento e logo dali a 1 dia teria uma nova consulta.

Fomos ao consultório e tava tudo certinho, ela só solicitou que eu fizesse um exame de urina pra confirmar, pois aí passaria o remédio para tratamento. Estava com 10 semanas e ela já me passou a guia para fazer o ultrasom do 2º trimestre, teria que esperar até completar 12 semanas para fazer. Depois que fiz o exame de urina foi confirmado que estava mesmo com infecção urinária e lá se foi mais 1 semana de tratamento. Já tava ficando bem de saco cheio de ter essas coisas chatas.

Marquei o ultrasom para o final de semana. Já havíamos combinado de que iríamos contar a todos quando completassemos 12 semanas e já sabíamos como, seria com uma montagem da gravação do casamento e da ultrasom numa "suposta" festa de comemoração dos nossos 3 anos de casamento. Foram convidados parentes próximos mais um casal amigo, que neste momento seriam informados que eram os padrinhos do bebê. Tudo lindo e maravilhoso, porém na semana fiquei de novo com candidíase e no dia que fizemos a ultrasom e era a bendita festa, de novo outro susto, um sangramento...fiquei assustada apesar de ter acabado de fazer o ultrasom e de ter visto que estava tudo bem. Liguei pra médica e ela me disse pra não assustar e somente observar, pois podia ser uma reação ao tratamento.

Fomos a casa dos meus sogros para a festa e tínhamos a maior novidade para contar, não via a hora de finalmente desvendar o segredo. Mas o PH ficou guardando mais para o meio da festa, chamamos todo mundo pra ver a nossa montagem do "casamento'. Tava agoniada o pessoal ficava se dispersando e eu ficando tensa, quando finalmente todo mundo tava em frente a TV o pessoal comentando coisas do casamento e eu nem conseguia me concentrar, pois sabia qual momento ia aparecer o ultrasom e ficava contando o tempo. Quando finalmente apareceu, parece que tudo que tava engasgado saiu, comecei a chorar compulsivamente, pois tava muito feliz de contar que o meu bebê tava aqui, na minha barriga. E contamos ainda a MAIOR novidade, tem 70% de chance de ser um menino e que se chamará assim que confirmado: João Gabriel. Assim que tudo foi desvendado foi aquela choradeira, falamos para os nossos amigos que seriam os padrinhos, maaaaaaisss choradeira...

Agora não havia mais motivo para esconder, todos sabiam do nosso bebê.

Primeiras semanas...

Depois de receber o positivo fiquei meio sem saber o que fazer, pois estava feliz, mas naquele momento nada além do papel e a falta de menstruação me garantiam a gravidez. Assim que o final de semana acabou, entrei em contato com a GO e agendei uma consulta para quando completasse 7 semanas. Decidimos também que não falríamos nada antes de completar 12 semanas, pois teríamos que lidar com a ansiedade ou frustação, se algo desse errado, e não teríamos estrutura.

Comecei a ter alguns sintomas, como muito sono, cansaço, vontade de urinar e dores no seios. Enjoos até esse momento não tinha. Continuamos nossas vidas de forma normal, claro que havia sempre o medo de perder, por conta da experiência anterior, mas tentei sempre manter a minha cabeça longe desses pensamentos, apesar de ficar com um absorvente diário para caso acontesse um sangramento.

Depois que interei a 7ª semana o enjoo e a azia começaram a fazer parte da minha vida. Não conseguia comer nada além de frutas e líquidos. Fiquei bem chata, não conseguia me manter centrada, ficava com um sono absurdo e ainda não suportava cheiro de nada. O PH, pobre coitado, começou a cozinhar e tentar vários alimentos para eu comer, mas estava muito difícil, eu morro de medo de vomitar e para evitar qualquer incidente eu não comia. Com isso tudo acontecendo fomos a consulta com a GO, ela pediu os exames básicos de pré-natal mais o ultrasom. O PH colocou todas as suas dúvidas a respeito da minha alimentação, mas ela disse que era assim mesmo. Ela me pesou e tinha perdido 1,5KG, tirou ainda a pressão tudo normal.

Sendo assim, marcamos o exame para o final de semana para que o PH pudesse me acompanhar. Fomos ao laboratório com o CD para registrarmos o momento, mas estava muito ansiosa, minhas pernas tremiam. O ultrasom seria o transvaginal, exame desconfortável e meio esquisito faze-lo na frente do PH, mas apartir do momento que a médica colocou o ultrasom e achou o nosso bebê, todo o medo se dissipou. Finalmente via o meu fejãozinho lá, com o coração batendo acelerado e eu com cara de boba só conseguia sorrir, olhava pra cara do Paulo e ele também com aquela cara de que não estava acreditando que era ele, o nosso bebê, que havíamos concebido uma vida!!

Aquele foi um dia foi maravilhoso e nada tirava a nossa alegria!!

Início de tudo!!

Quando casamos a primeira pergunta que as pessoas faziam:

-Quando é que vem o bebê?

E nós, ficávamos assustados e respondíamos:

-Nossa, mal acabamos de casar e nem ainda temos estrutura como casal, como é que teríamos um bebê?!!!

E depois de um tempo nos acostumamos a esse tipo de cobrança e fomos levando a nossa vida, pois queríamos pelo menos uns dois anos como casal. Sempre estávamos buscando melhorar nas nossas carreiras e juntar dinheiro, queríamos crescer e em 2009 já tínhamos uma vida muito bem estruturada e confortável e o sininho da maternidade soou pra mim. Comecei a sonhar com bebês, a querer algo a mais na minha vida, estava prestes a fazer 30 anos e como sempre idealizei ter uma mesa repleta de filhos, achei que era o momento de começar a me preparar para o grande momento na vida de uma mulher: a maternidade.

Fui atrás de informações, e me deparei com um medo irracional: o parto. Tinha medo tanto do parto normal, quanto da cesária. Mas se quisesse ter um bebê tinha que me informar o que seria melhor e saber direitinho por tudo que passaria. Comecei acessando páginas e páginas na internet e me deparei com o site "Amigas do Parto" e do "Gama - grupo de apoio a maternidade ativa", e fui lendo a respeito de tudo e a cortina foi sendo aberta. Entrei num grupo de discussão chamado maternas-sp, e lá encontrei muitas mulheres que já haviam se deparado com as mesmas dúvidas que eu. Mitos foram derrubados e informações muito úteis foram fornecidas, desde a busca de um obstetra bom até entender que cesária não é uma opção, mas um meio de salvar vidas. Sendo assim, estava decidida, teria um parto natural sem intervenções.

A primeira etapa estava resolvida, eu estava segura do que queria, como queria e teria o poder de decisão. Agora, precisava preparar o meu corpo isso. Fui ao dentista e ao otorrino, para estar bem, falei com o meu terapeuta sobre a decisão de ter um bebê e fomos reduzindo o uso dos remédios e fui fazer minha primeira consulta a GO.

Conheci a médica e adorei o tratamento diferenciado, ela me passou os exames e tirou as dúvidas que ainda restavam na minha cabeça. O PH foi ao urologista fazer o check-up para estarmos os dois bem para começar a tentarmos.

E assim no final de outubro estávamos ambos liberados para começar as nossas tentativas. Já havia parado de tomar anti-concepcional. A médica havia me dito que poderia demorar até 1 ano e meio e me disse que agora apartir daquele momento era comigo e com o PH.

Esperamos a menstruação vir e fomos a luta, mas neste mês a menstruação adiantou. A primeira tentativa foi frustada e como queria fazer tudo certinho, lá fui eu atrás de informações sobre período fértil, ovulação e temperatura basal. E no ciclo seguinte fiz tudo conforme, e como sou bem certinha percebi que poderia estar grávida. Fiz um, fiz dois, fiz três testes estava grávida, eu fiquei numa ansiedade, pois em pouco tempo havia conseguido. Mas quando completei 5 semanas de gestação, em pleno 25 de dezembro, sofri um aborto espontâneo. Fiquei sem chão, perdir de uma forma tão boba que não conseguia acreditar, tive um pequeno sangramento e fui ao hospital vê se havia algum problema, mas quando fizeram uma ultrasom, não havia mais nada lá e mais tarde veio um sangramento que durou 7 dias. Foi passado um solicitação de ultrasom para 10 dias depois para ver se teria algum vestígio e graças a Deus não tinha, não precisaria fazer curetagem.

Conversei com a minha GO e ela me pediu para que ficasse 1 ciclo sossegada. Fiquei de luto, não podia ver uma grávida que ficava muito triste, não entendia o porque isso foi acontecer comigo e o pior é que este ciclo que tinha que esperar estava maior do que o normal. Não via a hora de voltar a ativa e começar as tentativas. Quando veio a menstruação fiquei tão feliz e começamos o nosso "trabalho", dia sim dia não no período fértil, acompanhando a temperatura. Fiquei com medo de ter um ciclo anovulatório, pois a minha temperatura não subia, mas ela começou a subir de repente de forma vertiginosa e já sabia que isso era um bom indício. Esperei completar 2 dias de atraso e fiz um exame de sangue direto e lá estava de novo o meu tão sonhado POSITIVO.

Começando o blog...

Olá!!!

Meu nome é Camila e desde que fiquei grávida estou pensando numa forma de manter todas as emoções que estou sentindo guardadas. Achei que um blog seria uma ótima opção. Para que todos entendam um pouco o que se passa agora preciso contar um pouco sobre mim.

Sou uma pessoa que tem muitos sonhos e idealizações na cabeça e sei que sou muito sortuda, para alguns e, para outros abençoada. Tudo sempre no final dá certo pra mim e nunca perco a esperança de que terei um final feliz.

Sou casada com o PH há mais de 3 anos e nos conhecemos há mais de 12 anos, somos além de um casal, muito amigos. O casamento foi uma das melhores coisas que nos aconteceu e sempre procuramos planejar as nossas vidas e, esse bebê(que está a caminho...)foi muito desejado por nós e por nossas famílias.

Após apresentar um pouquinho da minha vida conterei nos próximos posts como foi que se iniciou este sonho e, claro contando todas as dificuldades que passei e estou passando.

Até a próxima.